terça-feira, 8 de novembro de 2011

PRIMEIRA TRANSFUSÃO DE SANGUE

O caráter de “primeiro”, realizado pela primeira vez, pode ser empregado na história diversas vezes, sem no entanto perder seu caráter de novidade. É o que aconteceu com o assunto deste artigo, que trata da transfusão de sangue.
Transfusão de sangue é algo simples de se compreender, isso porque você nasceu depois do século XIX. Hoje você sabe que transfusão de sangue é a troca de sangue do doador para o receptor, troca que deve ser feita por métodos intravenosos e a troca realizada entre indivíduos da mesma espécie. Hoje você sabe que a transfusão pode salvar vidas e que a doação de sangue é de extrema importância para os hospitais e pelas pessoas que por ali passam. Tudo isso resultado de muita campanha, muitas pesquisas realizadas ao longo dos séculos. Porque se falarmos na primeira transfusão de sangue realizada na História, a coisa muda – e muito!

As primeiras transfusões relatadas na História, datam do século XV. A primeira realizada via oral e não foi realizada por um vampiro, mas sim pelo Papa Inocêncio VIII. O Papa estava em coma e foi “alimentado” com o sangue de três meninos, por sugestão do médico que cuidava de seu caso. Naquela época não se conhecia o conceito de circulação e sistema intravenoso, achando que os orifícios levavam ao interior do corpo, foi feito da forma descrita. O Papa e os meninos “doadores” não sobreviveram.

Foi no século XVI, que os estudos sobre a circulação sangüínea começaram a acontecer. Os estudos de William Harvey foram os primeiros a descrever que o coração era o responsável pelo bombeamento de sangue para todo o corpo. A partir daí as transfusões intrevenosas foram feitas. Os experimentos eram bem sucedidos, mas as tentativas com seres humanos ainda eram fatais. E não poderiam deixar de sê-lo. Pois as transfusões realizadas nesta época envolviam a retirada de sangue de animais e a aplicação deste em humanos. No dia 15 de junho de 1667, o médico Jean Baptiste Denis, realizou a transufsão de um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, um doente mental que perambulava pelas ruas e veio a falecer depois da terceria transfusão. Essas transfusões realizadas entre espécies diferentes são chamadas heterólogas. Jean Baptiste Denis, argumentava a seu favor, dizendo que o sangue dos animais estaria menos contaminado de paixões e vícios.

Já as transfusões homólogas, entre indivíduos da mesma espécie, foram realizadas a partir de 1788, a descoberta dos tipos sangüíneos em 1901, pelo imunologista Karl Landsteiner e a descoberta dos fatores Rh – positivo e negativo – quatro décadas depois, também por Landsteiner.

No Brasil, os primeiros bancos de sangue só foram surgir depois da Segunda Guerra Mundial.


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